domingo, 1 de maio de 2011

Ausência. [2]

Não está sendo fácil seguir adiante.
Vezemquando tenho forças. Tenho tantas, que surpreendo-me com a existência de tanta tranqüilidade, fé na vida e desprezo quanto a você.
Já outras, falta-me até pra levantar da cama, ou espantar essa vontade monstruosa de você.
Mantenho o celular desligado, e em uma distância considerável de mim, enquanto luto, com tudo que posso, para empurrar pra longe essa visão nostálgica, saudosista e doída, que atormenta todo meu domingo.
Parece que toda aquela “visão de uma nova vida” foi pra casa do caralho, deixando-me imersa e atada ao meu ponto inicial: você.

Ando me questionando tanto, quanto a esse passado-presente incerto.  Quase sempre chego a conclusões que me ferem.
"Porque tem que haver tanta tristeza em um simples pensamento que me liga a você?"
Se fosse só tristeza, mas vem junto, na bagagem, frustração, dor, decepção.
E vem a saudade. Vem o amor. Vem toda aquela vontade de acabar o domingo com um abraço e um beijo seu. Ou, simplesmente, ouvir a sua voz. Só ouvir, sem dizer nada.
“Sem você, sobrou tanto espaço, que pode vir a saudade, todo amor do mundo, um pouco de tristeza que vira um samba, uma dor quase insuportável, e as cores de um novo dia.” Vitor falara, e eu, como grande admiradora que sou, o cito.
Retrata tão bem o que sinto agora.

Já é fim de noite.
Pode parecer clichê, mas sinto-me tão mais leve depois que “vomito” o que atormentava aqui dentro. Até a dor diminui. Vezemquando, extingue-se por completo, então, recupero a seriedade, a força e sigo adiante, no caminho que menos tenha você.
Agora, vou dormir. E, apareço sempre por aqui, porque continua sendo o único meio de mostrar o quanto a tua ausência me dói.

Muita sorte, e muita luz.


[...]

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