sexta-feira, 22 de abril de 2011

Amor em vão

Ando um pouco infeliz, com sensação de "estou-morta-em-um-corpo-vivo".
Coração pulsa forte, lembrando-me das feridas e dos sangramentos, conseqüente de te amar demais. Me trazem dores insuportáveis, tiram o chão, a paz, o sorriso...
Enquanto estou submersa na nossa dor, trancada nesse quarto escuro, em meio a lágrimas, soluços e gemidos, você distribui  felicidade aos quatro cantos e exibi nitidamente o seu desprezo.

Você, o contrário de mim, é forte. 
Sempre demonstrou facilidade em superar tudo em frações mínimas de tempo.
Mas, sempre me fez acreditar que sofreríamos juntas, essa dor de querer-e-não-poder, ou de poder-querer-e-o-tudo-conspirar-contra, mas não. Até a sua jura de amor eterna se foi, como espuma ao vento. 
Sem nenhum pudor, você se foi, reduzindo tudo a mentiras e utopias. "Como se nunca tivesse acontecido", lembra?
E eu, que procure força na casa do caralho, pra seguir adiante. 
Amor em vão...   
“É o preço que se paga por ser intenso. Sentir demais, amar demais.” 

Mesmo tento motivos, nada me faz te odiar. 
Ontem, mesmo, me peguei sorrindo e pensando em você. Alimenta, tanto, a minha alma com energias boas, ao mesmo tempo, que feri e me faz chorar... 

O futuro, que outrem era algo que me irradiava alegria, agora está a deriva -assim como eu- e me amedronta, mas sigo com esperança e fé, de um dia tudo mudar, e o sol voltar a brilhar, iluminando o meuseu lugar da alegria.





"Até quem te vê, lendo o jornal, na fila do pão, sabes que tu me perdeu... 
Pra nunca mais ter de volta."

[...]

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